Com parte do quinteto formado por Tomas Lindberg na voz, Anders Bjorler na guitarra, Adrian Erlandsson na bateria, Jonas Bjorler no baixo e Alf Svensson na guitarra já com experiência acumulada graças a uma fugaz existência com os seminais Grotesque, os músicos fizeram-se rapidamente à estrada em território sueco, partilhando palcos com outros ilustres do death metal dos anos 90 como os Dismember, Bolt Thrower, Massacre ou Immolation. O trabalho árduo foi rapidamente compensado, com a oferta de um contrato por parte da então emergente Peaceville para uma edição através da subsidiária Deaf. «The Red In The Sky Is Ours», o primeiro fruto da relação com a independente britânica e estreia no formato de longa-duração, chegou aos escaparates em Julho de 1992 e, com a sua visão intrincada e muito pouco ortodoxa, deixaram muito boa gente de queixo caído num movimento constantemente empenhado em encontrar o próximo nível de técnica e brutalidade.
A banda embarca então numa digressão europeia com os My Dying Bride, uma experiência atribulada e cheia de peripécias. De volta a casa, fecham-se na sala de ensaios a escrever o material que, no Verão de 1993, daria origem ao muito bem recebido «With Fear I Kiss The Burning Darkness». A banda reforçava as boas pistas que tinha deixado com a estreia e foi aclamada por grande parte das revistas da especialidade. Mais acutilante e já com Martin Larsson no lugar de Svensson, voltam a embarcar numa tour e, pela primeira vez, chegam ao Reino Unido. A estreia aconteceu no mítico Nottingham Rock City - um espetáculo gravado para um episódio especial do Headbangers Ball - e antecedeu uma digressão pelo território de Sua Majestade ao lado dos Anathema e Cradle Of Filth.
Quase como uma desculpa para se manterem em tour, os irmãos Bjorler e companhia voltam ao estúdio para gravar os primeiros temas com a nova formação - o resultado dessas sessões seria dado a conhecer em Junho de 1994. Seis originais, em conjunto com três temas captados ao vivo, deram origem a «Terminal Spirit Disease». Um EP extenso em que os três últimos não fazem grande sentido, o disco serviu para manter o ritmo de edições que tinham mantido até ali, mas viu-os serem aplaudidos com ainda mais veemência. Além disso, nas entrelinhas podia perceber-se que estavam prestes a dar o passo seguinte no seu processo de maturação. Mais diretos e não tão cerebrais, foram rapidamente rotulados como “os novos Entombed” e tinham ali uma desculpa perfeita para voltarem à estrada. Foi exatamente o que fizeram com os My Dying Bride e Anathema, antes de se meterem numa digressão como cabeças-de-cartaz, com suporte dos Seance e Ancient Rites, que lhes trouxe mais problemas que benefícios.
Sem parar, em Julho de 1995 estavam nos estúdios Fredman a gravar a pedra basilar do death metal melódico e um dos discos mais influentes de sempre no universo da música extrema. Olhando para trás, os músicos dizem que tinham um único objectivo - fazer um disco clássico, que deixasse uma marca, à semelhança dos clássicos dos Slayer e Dark Angel que os marcaram. Aumentando os níveis de melodia e agressividade, e encontrando finalmente o equilíbrio perfeito entre os dois elementos que fazem a sua sonoridade, «Slaughter Of The Soul» rebentou como um petardo e, alguns anos depois, viria a transformar-se no ponto de referência de eleição de toda uma geração de músicos apostados em misturar metal e hardcore.
Recebido com elogios rasgados, o disco atirou-os de novo para dentro do tour bus. Em menos de um ano fazem uma tour europeia com os Unleashed, outra como cabeças-de-cartaz no Reino Unido, duas nos Estados Unidos (com os Morbid Angel e Napalm Death) e, para finalizar, outra na Europa. Pelo meio, «Slaughter Of The Soul» foi eleito melhor álbum de 1995 pela Close Up e nomeado para um Grammy sueco.
Sem que nada o fizesse prever, o impensável aconteceu - as cinco digressões em menos de doze meses deixaram os músicos de rastos e, sentindo-se incapazes de dar continuidade ao seu legado, os irmãos Bjorler decidem abandonar a banda. Algum tempo depois ressurgem na cena com os The Haunted e, à semelhança de todos os seus companheiros de grupo, nunca deixaram de fazer música extrema. Lindberg transforma-se num dos vocalistas mais requisitados da sua geração, Erlandsson junta-se aos Cradle Of Filth e Larsson cria os Bombs of Hades.
No entanto, depois de terem seguido caminhos diferentes durante mais de uma década, o quinteto volta a juntar-se em 2006 e anuncia um inesperado regresso que os levou a fazer uma digressão totalmente esgotada nos Estados Unidos e a participar nos grandes festivais europeus, onde têm tocado perante plateias totalmente rendidas à força de canções como «Blinded By Fear».
Discografia
Gardens of Grief (1991)
Download: Mediafire
Artist: At the Gates
Album: Gardens of grief [EP]
Year: 1991
Genre: Melodic Death Metal
Country: Suécia
Size: 78MB
1. Souls of the Evil Departed 03:33
2. At the Gates 05:22
3. All Life Ends 06:09
4. City of Screaming Statues 04:46
Total playing time 19:52
Slaughter of the Soul
Download: 4Shared
Artist: At the Gates
Album: Slaughter of the Soul
Year: 1995
Genre: Melodic Death Metal
Country: Suécia
Size: 78MB
Tracklist:
1.- Blinded by Fear
2.- Slaughter of the Soul
3.- Cold
4.- Under a Serpent Sun
5.- Into the Dead Sky
6.- Suicide Nation
7.- World of Lies
8.- Unto Others
9.- Nausea
10.- Need
11.- The Flames of the End
The Red In The Sky Is Ours
Download:Rapidshare
1. The Red in the Sky Is Ours / The Season to Come
2. Kingdom Gone
3. Through Gardens of Grief
4. Within
5. Windows
6. Claws of Laughter Dead
7. Neverwhere
8. The Scar
9. Night Comes Blood-Black
10. City of Screaming Statues
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